O Senhor das moscas
- Paulo Leite

- 30 de out.
- 1 min de leitura

A concha nas mãos das crianças é o último sinal de que ainda existe alguma ordem naquele pedaço de paraíso. Em O Senhor das Moscas, Harry Hook mostra um grupo de meninos tentando sobreviver numa ilha, mas o que começa como brincadeira de acampamento logo vira uma disputa por poder e medo.
O clima ensolarado contrasta com a tensão que cresce aos poucos. A câmera observa tudo com calma, sem precisar de grandes sustos só o silêncio e o som do mar já bastam para deixar o desconforto no ar. O elenco jovem é natural, e Balthazar Getty conduz bem essa mistura de curiosidade e desespero que toma conta do grupo.
No fim, o filme fala sobre o que acontece quando ninguém mais sabe quem deve mandar e como o instinto fala mais alto que a razão.
O Senhor das Moscas é um drama de sobrevivência e amadurecimento, simples e direto, que provoca mais pela ideia do que pela ação. Um lembrete de que crescer também é enfrentar o próprio medo.



