Carrie, a estranha
- Paulo Leite

- 28 de out.
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Tudo começa com um vestido rosa e o sonho de ser aceita. Por alguns minutos, Carrie acredita que pode ter uma noite normal. Mas o balde cai, o riso ecoa e o mundo desaba. Brian De Palma transforma essa virada em uma explosão de imagens e emoções, conduzindo o terror como quem assiste a um pesadelo em câmera lenta.
Sissy Spacek brilha entre a doçura e o desespero. Seu olhar perdido diz mais do que qualquer grito, e a relação com a mãe, vivida por Piper Laurie, é tão sufocante quanto o fogo que vem depois. O filme fala de rejeição, solidão e da dor de crescer sendo o alvo de todos, temas que continuam assustadoramente atuais.
A estética dos anos 70, com luzes quentes e ângulos ousados, dá ao filme um charme estranho, quase hipnótico. A trilha cria tensão sem exagero, e o resultado é uma mistura de drama e horror que prende o espectador até o último susto.
Terror psicológico com alma de drama adolescente, “Carrie” é sobre a fúria que nasce quando o amor e a aceitação viram impossíveis.



