O Protetor

Um homem aparentemente comum vive em Boston, trabalha em uma loja de ferramentas e passa os dias ajudando discretamente quem cruza seu caminho. Mas por trás da calma aparente está Robert McCall, alguém que renunciou a uma vida violenta até que a injustiça o arrasta de volta à ação.

A atuação de Denzel Washington como McCall é o centro da força do filme. Ele imprime seriedade e controle, e seus gestos silenciosos, mais que explosivos, criam impacto. A direção de Fuqua acentua esse impacto com cenas de ação bem planejadas e momentos de calma inquietante. A violência não é gratuita, surge de urgência.

Mas o filme também mostra suas limitações. O roteiro recorre a vilões clichês, a trama se apoia em estrutura já conhecida do gênero “justiceiro que age fora da lei” e em partes o ritmo se arrasta antes de acelerar. Ainda assim, o clima criado é eficaz e o design visual, com sombras e cores contidas, ajuda a manter a tensão até o fim.

O Protetor entrega o que promete: um filme de ação sólido, com protagonista forte e cenas de combate bem construídas. Se você procura inovação no gênero, talvez fique com a sensação de ter visto algo familiar. Mas se deseja ver um herói com convicção e bons momentos de adrenalina, ele cumpre bem.