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Edward Mãos de Tesoura

  • Foto do escritor: Paulo Leite
    Paulo Leite
  • 31 de out.
  • 1 min de leitura

poster do filme Edward mãos de tesoura

As nuvens pairando sobre aquele subúrbio perfeito parecem saídas de um sonho que acabou de acordar. No topo da colina, Edward observa de longe, recortando arbustos e solidão com as lâminas que substituem suas mãos. É dali que Tim Burton cria seu conto mais melancólico: um Frankenstein suburbano envolto em tristeza.


O contraste entre a mansão sombria e as ruas cheias de casas coloridas é o coração visual do filme. Burton transforma o exagero em poesia, e cada detalhe, dos figurinos pastel à trilha nostálgica de Danny Elfman, acentua a sensação de estar preso entre dois mundos. Johnny Depp entrega um Edward tímido e puro, quase infantil, que parece pedir desculpas por existir. Winona Ryder, com seu olhar gentil, é o fio de humanidade que o conecta a um mundo que nunca o aceitaria por completo.


No fim, Edward Mãos de Tesoura é um conto de fadas gótico sobre diferença e aceitação. Um drama romântico, visualmente encantador, que fala sobre o medo do estranho e a beleza de não se encaixar. Um filme para ver com o coração aberto e, quem sabe, com uma tesoura nas mãos para podar o preconceito.

Tela Cheia. Descubra boas histórias. 2025 por Paulo Leite

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