A Colina Escarlate
- Paulo Leite

- 23 de out.
- 1 min de leitura

O chão parece respirar. A mansão, coberta de neve e manchada por um vermelho vivo, parece viva como se guardasse lembranças que não querem descansar. É nesse lugar que Edith Cushing descobre que o amor pode ser tão bonito quanto perigoso. Em A Colina Escarlate, Guillermo del Toro mistura romance e mistério com um toque de terror que é mais melancólico do que assustador.
A história é envolvente e visualmente impressionante. Cada detalhe, das roupas elegantes às paredes rachadas, cria um clima de conto de fadas sombrio. A fotografia é de encher os olhos, com cores que parecem pintar cada cena como um quadro. E quando os fantasmas aparecem, não é só para assustar, mas para revelar verdades que ficaram presas no tempo.
Del Toro transforma o medo em poesia e mostra que o amor, às vezes, pode ferir mais que o sobrenatural. A Colina Escarlate é um romance gótico, intenso e visualmente lindo, daqueles filmes que você termina e ainda fica pensando nas imagens por um tempo.



