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A Música do Coração

  • Foto do escritor: Paulo Leite
    Paulo Leite
  • 27 de set.
  • 2 min de leitura

poster do especial a música do coração

O palco sempre foi um espelho da vida: nele cabem sonhos, quedas, glórias e cicatrizes. Burlesque, Chicago e Dreamgirlsmostram, cada um à sua maneira, que sob a luz dos refletores existe uma luta silenciosa por reconhecimento e liberdade.


poster do filme burlesque

Burlesque – Steve Antin


O brilho dos holofotes e o som vibrante do palco acompanham Ali, interpretada por Christina Aguilera, que sonha em se destacar em Los Angeles. O filme mistura números musicais cheios de energia com uma atmosfera de cabaré moderno, embalado pela voz poderosa da protagonista. O visual é um espetáculo à parte, com cores fortes, cenários iluminados e figurinos cintilantes que fazem a tela ganhar vida. Ainda que a narrativa siga um caminho previsível, a emoção das músicas e a presença magnética de Cher transformam Burlesque em uma experiência cativante. É um musical que encanta mais pelo show do que pela trama, mas cumpre bem a proposta de entreter.




poster do filme chicago

Chicago – Rob Marshall


Chicago é um mergulho no glamour sombrio do jazz e da fama. Aqui, o palco e o tribunal se misturam, e cada canção vira um julgamento diante do público. A força do filme está no estilo ousado, que faz da dança uma arma narrativa e da música um retrato da sociedade que transforma crimes em espetáculo. As interpretações de Catherine Zeta-Jones, Renée Zellweger e Richard Gere trazem intensidade, ironia e sedução, enquanto a estética cheia de luzes e cortes rápidos mantém a tensão viva. Chicago não é apenas um musical, mas também uma crítica ao culto da celebridade e à manipulação da mídia. É um filme marcante, cheio de energia e inteligência.




poster do filme dreamgirls

Dreamgirls – Bill Condon


Com vozes arrebatadoras e performances emocionantes, Dreamgirls narra a ascensão e os desafios de um grupo feminino nos anos 60 e 70, inspirado na era das Supremes e no nascimento da música pop. O destaque absoluto é Jennifer Hudson, que entrega uma atuação visceral, especialmente na cena em que canta “And I Am Telling You I’m Not Going”. Cada número musical é carregado de emoção, mas também de dor, mostrando as injustiças e as escolhas difíceis que acompanham o sucesso. O filme mistura espetáculo e drama humano, equilibrando brilho e crítica social. É um musical que emociona pela força de suas vozes e pela sinceridade dos conflitos.




Esses três musicais revelam que glamour e dor andam lado a lado. Assistir a eles é entrar em um espetáculo que fala tanto ao coração quanto aos olhos, lembrando que a arte sempre nasce do conflito entre a realidade dura e o desejo de brilhar.

Tela Cheia. Descubra boas histórias. 2025 por Paulo Leite

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