O Próprio Enterro
- Paulo Leite
- 25 de jul.
- 3 min de leitura

Alguma vez você já parou para pensar no que acontece quando a gente precisa lutar pelo que é justo, mesmo quando a vida está chegando ao fim? Em "O Próprio Enterro", a diretora Margaret Betts nos leva a uma história emocionante sobre coragem e a batalha de um homem para defender o seu nome. Não é um filme triste sobre o fim, mas sim sobre a força de quem não desiste e vai à luta por aquilo que acredita.

Margaret Betts tem um jeito único de nos mostrar essa história. Ela usa a câmera para nos colocar dentro do processo judicial, fazendo a gente sentir como se estivesse no tribunal, ouvindo as discussões e vendo cada passo dessa briga por justiça. O ritmo do filme nos prende, cena a cena, enquanto acompanhamos a tensão da sala de audiências. É como se Betts nos chamasse para ver de perto essa importante batalha legal.

No centro de tudo, encontramos o incrível Jeremiah O'Keefe (Tommy Lee Jones). Ele é um homem que, depois de um negócio dar errado, decide levar o caso para a justiça. Ao seu lado, temos a inteligência e o carisma de Willie E. Gary (Jamie Foxx), o advogado que o ajuda nessa tarefa. Eles não são só personagens; são pessoas de verdade, com suas dificuldades e suas grandezas. Vemos a teimosia de O'Keefe em buscar o que é certo e a lealdade de Willie em sua missão. É fácil se conectar com eles, como se fossem amigos que conhecemos.

Visualmente, "O Próprio Enterro" é bonito, com cores quentes e cenários que misturam o conforto de casa com a seriedade dos tribunais. As imagens, os figurinos e a forma como tudo é filmado criam um clima de respeito e, ao mesmo tempo, de vida. Não há nada forçado, só a beleza do dia a dia e a seriedade da justiça. A música aparece na hora certa, marcando os momentos importantes sem chamar mais atenção do que deveria. É a música que acompanha, não a que domina.

A mensagem principal do filme é que a gente pode lutar pelos nossos direitos, mesmo diante de grandes problemas. Ele nos faz pensar na vida como uma jornada cheia de batalhas, onde a gente pode e deve lutar por aquilo em que acredita, até o fim. É sobre encontrar coragem nas dificuldades e ter a força para fazer escolhas que combinam com quem a gente realmente é.

Se o filme parecer um pouco devagar em algumas partes, ou se focar em detalhes do processo que parecem pequenos, saiba que essa foi uma escolha da diretora. Margaret Betts não quer nos dar um drama cheio de reviravoltas só para prender a atenção. Ela nos convida a observar os pequenos detalhes da vida, a beleza nas conversas e a força nos gestos. É como olhar de perto o lado humano e o funcionamento da justiça, e para isso, a gente precisa de tempo e atenção. Isso não é um erro; é a intenção dela.

Para quem é "O Próprio Enterro"? É um filme emocionante e inspirador, perfeito para quem gosta de histórias que mostram a vida, a família e a coragem de enfrentar desafios na justiça. Prepare a pipoca, ajeite a tela e deixe-se levar por um filme que vai tocar seu coração e, quem sabe, mudar seu jeito de ver as batalhas por aquilo que é justo. Você vai gostar de viver essa experiência humana e cheia de reflexões.