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Eu Me Importo

  • Foto do escritor: Paulo Leite
    Paulo Leite
  • 16 de jul.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 31 de jul.


Poster do filme eu me importo

Já parou para pensar que, às vezes, os "heróis" da história não são bem quem a gente esperava? Pois é, "Eu Me Importo", dirigido por J Blakeson e estrelado pela sempre magnética Rosamund Pike, é exatamente assim. Prepare-se para uma história que começa de um jeito e te joga em um universo completamente diferente, sem pedir licença.


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Nosso olhar é imediatamente fisgado por Marla Grayson, uma mulher que, à primeira vista, parece uma empresária de sucesso, com um poder de persuasão invejável e um guarda-roupa impecável. Mas não se engane: por trás daquele sorriso confiante e da postura elegante, mora uma predadora de idosos. Sim, você leu certo. Marla não é a heroína que você esperava; ela é a vilã, a "leoa" que usa a lei a seu favor para aprisionar idosos em asilos e, assim, se apropriar de seus bens. É chocante, é revoltante, e é aí que o filme nos pega. Entendemos suas motivações – um desejo insaciável por dinheiro e poder, uma crença distorcida de que o mundo é dos espertos, mas, mesmo assim, a maneira como ela age nos desafia moralmente.


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Blakeson, na direção, é um verdadeiro mestre em nos guiar por essa teia de aranha. Ele usa a câmera de um jeito que nos faz sentir cúmplices das ações de Marla, mesmo que não concordemos com elas. A montagem, ágil e precisa, acelera o ritmo nos momentos de tensão e nos permite respirar em outros, quase como um jogo de gato e rato. Essa dinâmica visual é crucial para entendermos a mente calculista da protagonista. Rosamund Pike, então, entrega uma atuação que é um espetáculo à parte. Ela não apenas veste a personagem, ela é Marla. Cada olhar, cada tom de voz, cada movimento sutil do corpo nos revela camadas de uma mulher complexa, fria, mas estranhamente carismática em sua vilania. É uma performance que nos faz admirar a atriz, mesmo detestando a personagem.


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Visualmente, o filme é um deleite para os olhos, mas com um propósito. As cores são vibrantes, quase pop, contrastando com a escuridão das ações de Marla. Os figurinos impecáveis e os cenários luxuosos não são apenas estéticos; eles reforçam a ideia de um mundo de aparências, onde o dinheiro e o poder camuflam a crueldade. É como se a beleza visual nos convidasse para um pesadelo de olhos abertos. E a trilha sonora? Ela pontua a história com um ritmo moderno e pulsante, amplificando a sensação de que estamos assistindo a um jogo perigoso, onde as regras são ditadas pela ambição.


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O ponto chave de "Eu Me Importo" não é apenas nos mostrar uma história de golpes, mas sim nos fazer refletir sobre a ética, a moralidade e, principalmente, sobre a ideia de "mérito" na sociedade atual. Será que a astúcia e a falta de escrúpulos podem realmente levar alguém ao topo? E, se sim, a que custo? O filme não tem medo de ser provocador e nos coloca em uma posição desconfortável, questionando a fina linha entre o certo e o errado.


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"Eu Me Importo" é para quem gosta de um bom suspense com toques de humor ácido, para quem não tem medo de personagens moralmente ambíguos e para quem aprecia um filme que te faz pensar muito depois que os créditos sobem. É um thriller dramático com pitadas de comédia ácida que desafia nossas expectativas. Prepare a pipoca, ajuste a tela e mergulhe nessa trama envolvente. Você pode amar odiar Marla, mas certamente não vai conseguir tirar os olhos dela.


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Tela Cheia. Descubra boas histórias. 2025 por Paulo Leite

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