Ex Machina
- Paulo Leite
- 10 de jul.
- 2 min de leitura

Alguma vez você já se perguntou o que realmente significa ser humano? Ex Machina, de Alex Garland, nos joga nessa pergunta de cabeça. Imagine: Caleb, um jovem programador, ganha a chance de testar Ava, uma inteligência artificial criada por um gênio recluso. A trama, que se desenrola quase inteiramente dentro de uma mansão isolada, nos faz sentir voyeurs, observando cada interação e questionando a realidade.

Alex Garland, o diretor, usa a câmera de uma forma que nos faz sentir claustrofóbicos e isolados, assim como Caleb se sente na mansão de Nathan. Os planos são muitas vezes estáticos, nos convidando a observar cada detalhe, cada expressão. É como se a câmera fosse um olhar atento que nos permite ver o jogo psicológico acontecendo.

As atuações são um show à parte! Domhnall Gleeson (Caleb) nos convence de sua curiosidade e vulnerabilidade. Oscar Isaac (Nathan) é simplesmente hipnotizante, interpretando um gênio arrogante e misterioso. Mas o grande destaque é Alicia Vikander como Ava. É incrível como ela consegue transmitir emoções complexas, dúvidas e até mesmo astúcia, usando gestos sutis e seu olhar, mesmo interpretando uma inteligência artificial. Ela realmente traz a personagem à vida, nos fazendo esquecer que ela não é "humana".

O visual de "Ex Machina" é de cair o queixo! A mansão futurista e minimalista de Nathan é um personagem à parte. A fotografia é impecável, com cores frias e tons metálicos que criam uma atmosfera elegante e e um tanto assustadora. Tudo isso contribui para a sensação de que estamos em um futuro próximo e crível.

A trilha sonora é um elemento crucial, composta principalmente por sons eletrônicos, misteriosos e muitas vezes melancólicos. A música não é grandiosa, mas ela se infiltra na sua mente, criando uma sensação de inquietação e suspense.

"Ex Machina" vai muito além de uma simples história de ficção científica. A ideia principal que o filme quer passar é uma reflexão profunda sobre o que é ser humano. Ele nos convida a pensar sobre consciência, emoção e livre-arbítrio. O filme não te dá as respostas prontas; ele te provoca a pensar, a questionar suas próprias definições e preconceitos sobre o que é vida e o que é inteligência.

Se você curte filmes que te fazem questionar a realidade, que exploram a psicologia dos personagens e que têm um visual deslumbrante, então você vai amar essa experiência. É perfeito para quem busca algo além do entretenimento, para quem quer sair da sessão com a cabeça cheia de ideias sobre o futuro da inteligência artificial – e talvez ao futuro da própria humanidade.
E aí, ficou curioso para assistir "Ex Machina" e formar sua própria opinião sobre Ava e o que significa ser humano?