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Chamada de Emergência

  • Foto do escritor: Paulo Leite
    Paulo Leite
  • há 2 dias
  • 1 min de leitura

poster do filme chamada de emergência

O som insistente de uma linha telefônica no escuro já anuncia o clima do filme. Em Chamada de Emergência, o telefone não é só um objeto, mas a linha que separa vida e morte, esperança e desespero. É nesse ambiente sufocante que Brad Anderson constrói sua história.


A trama acompanha Jordan (Halle Berry), atendente do 911 que, após um erro em uma ligação, carrega a culpa de não ter conseguido salvar uma vida. Quando uma nova ligação de sequestro chega até ela, Jordan precisa enfrentar seus medos e tentar impedir que a história se repita. O roteiro é simples, mas eficiente: aposta na tensão entre vítima e sequestrador e no desespero de quem só pode ajudar com a própria voz.


A direção mantém o ritmo firme e não deixa espaço para distrações. Cada cena aumenta a pressão, e a fotografia ajuda a reforçar essa sensação com ambientes fechados e escuros, que transmitem sufoco. A trilha sonora acompanha o suspense como se fosse um coração acelerado, sempre no limite.


Se o começo do filme é forte em criar tensão, o final acaba caindo em soluções mais previsíveis e exageradas. Mesmo assim, Halle Berry carrega o filme com intensidade, mostrando toda a angústia de alguém que precisa salvar sem estar fisicamente presente.


O impacto do filme está justamente nessa mistura de proximidade e impotência: ouvir tudo e não poder agir de imediato. Chamada de Emergência pode não reinventar o gênero, mas funciona muito bem como um thriller de sobrevivência — tenso, direto e envolvente, do tipo que faz a gente assistir com o coração acelerado.

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