Drácula
- Paulo Leite
- 5 de out.
- 1 min de leitura

O reflexo ausente em um espelho manchado é o primeiro aviso de que estamos diante de alguém que desafia as leis da vida e da morte. Drácula surge não apenas como um monstro, mas como uma presença irresistível que mistura sedução e pavor em cada gesto.
A série escrita por Bram Stoker, Mark Gatiss e Steven Moffat mergulha na essência do mito com ousadia, trazendo a elegância gótica das origens, mas também novas interpretações que surpreendem. A narrativa é dividida em três episódios intensos, que oscilam entre o terror clássico e um olhar mais moderno sobre o personagem. O visual sombrio, os cenários que parecem respirar junto com a trama e a presença magnética de Claes Bang dão ao vampiro uma imponência que prende o espectador. A atmosfera é reforçada pela iluminação carregada de contrastes e pela música que acentua a tensão a cada movimento.
É uma produção de terror que sabe brincar com o medo e a curiosidade, entregando tanto a violência crua quanto a sedução que sempre acompanhou o conde. Para quem gosta de histórias sombrias, a série é um convite para revisitar um dos maiores ícones do gênero.
No fim, fica a certeza de que Drácula continua vivo na imaginação de cada geração. Essa versão sabe honrar a tradição e, ao mesmo tempo, surpreender com frescor. Quem se permitir entrar nesse castelo sombrio vai sair com o coração acelerado e o olhar hipnotizado, como se tivesse sido tocado pelo próprio conde.