Bling Ring
- Paulo Leite

- 22 de out.
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Uma bolsa da Chanel pendurada no ombro, um celular na mão e a sensação de que o mundo inteiro está assistindo. É nesse clima que Bling Ring mergulha: o de uma geração que transforma vitrines em templos e celebridades em deuses. Inspirado em fatos reais, o filme acompanha um grupo de adolescentes que invade casas de famosos em Los Angeles para sentir, por algumas horas, o gosto de uma vida que não é deles.
Sofia Coppola filma tudo com aquele olhar calmo e curioso que ela domina tão bem. Nada é exagerado. O luxo aparece, mas o foco está no vazio por trás das vitrines. As cenas parecem posts de redes sociais: bonitas, leves, mas sem peso. A música pop embala o ritmo e dá vontade de rir, dançar e, ao mesmo tempo, pensar no que a fama significa hoje.
Bling Ring é um drama leve e irônico sobre a obsessão por aparecer. Fala de uma geração que confunde sucesso com curtidas e acredita que o glamour está na vitrine, não no espelho.
É o tipo de filme que faz a gente assistir sorrindo, mas sai pensando. Brilha por fora, cutuca por dentro e deixa no ar a pergunta: o que você faria por alguns segundos de fama?



