top of page

A Autópsia

  • Foto do escritor: Paulo Leite
    Paulo Leite
  • 1 de out.
  • 1 min de leitura

poster do filme a autópsia

O silêncio frio da sala de necropsia é cortado apenas pelo som metálico dos instrumentos enquanto o corpo de Jane Doe permanece imóvel e enigmático. A imagem transmite calma, mas também esconde algo perturbador, criando desde o início uma atmosfera de terror que prende o olhar.


A história acompanha pai e filho legistas que tentam descobrir a causa da morte dessa mulher desconhecida. O necrotério, com seus corredores estreitos e ausência de janelas, ganha vida própria. O espaço fechado se transforma em um personagem invisível, que oprime e aprisiona. Cada detalhe do ambiente, da luz fraca às sombras que parecem se mover, colabora para aumentar a tensão. É um terror que nasce não de criaturas saltando na tela, mas da sensação de que algo invisível habita o lugar.


Ao mesmo tempo, a relação entre os dois protagonistas dá peso humano à trama. O trabalho conjunto revela afeto e cumplicidade, o que faz o espectador se importar com eles. Isso torna cada ameaça mais dolorosa, pois não estamos apenas diante de vítimas em potencial, mas de pessoas ligadas pelo sangue e pela confiança.


Esse terror sobrenatural, também funciona como suspense psicológico, equilibrando sustos e emoções. É angustiante sem ser gratuito e inteligente sem perder o ritmo. Para quem gosta de mistério envolvido em medo crescente, A Autópsia é daquelas experiências que fazem o coração acelerar e a mente ficar pensando no que acabou de assistir.

Tela Cheia. Descubra boas histórias. 2025 por Paulo Leite

bottom of page