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Nove Desconhecidos

  • Foto do escritor: Paulo Leite
    Paulo Leite
  • 14 de set.
  • 1 min de leitura

poster da série nove desconhecidos

Uma xícara de chá servida em silêncio. O olhar penetrante de Masha, interpretada por Nicole Kidman, atravessa os convidados de um retiro luxuoso e, ao mesmo tempo, os espectadores. É nessa atmosfera entre o sagrado e o inquietante que a série Nove Desconhecidos mergulha: um espaço que promete cura, mas onde cada palavra parece carregada de mistério.


A produção constrói um ambiente de tensão constante, em que nove pessoas feridas pela vida aceitam se entregar a métodos nada convencionais de autoconhecimento. A cada episódio, os segredos dos personagens se revelam em doses, como um remédio que pode curar ou envenenar. O elenco é forte e diverso: Melissa McCarthy, Michael Shannon, Luke Evans e outros dão profundidade aos traumas que carregam, trazendo verdade para diálogos que poderiam soar artificiais em mãos menos talentosas.


Visualmente, o retiro Tranquillum se torna quase um personagem: luz natural, paisagens isoladas e enquadramentos que reforçam a sensação de clausura. A escolha da estética, sempre entre o belo e o desconfortável, casa com a proposta da trama: a cura não vem sem dor. A trilha sutil e por vezes hipnótica sustenta essa tensão, fazendo o espectador oscilar entre calma e inquietação, em um drama psicológico com toques de suspense.


Assistir Nove Desconhecidos é se permitir uma experiência estranha e, ao mesmo tempo, fascinante. Não se trata de uma série que entrega respostas fáceis, mas de uma viagem que provoca reflexões sobre dor, redenção e até sobre o preço da busca por felicidade. Vale embarcar, talvez você também descubra algo sobre si mesmo.

Tela Cheia. Descubra boas histórias. 2025 por Paulo Leite

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