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Hereditário

  • Foto do escritor: Paulo Leite
    Paulo Leite
  • 10 de out.
  • 1 min de leitura

poster do filme hereditário

O silêncio pesado de uma sala escura, o olhar vazio de quem guarda segredos e a sensação de que algo invisível manipula cada movimento. Hereditário começa como um drama familiar comum, mas logo revela-se um terror sufocante que transforma a dor em algo assustador.


A cada cena, a casa se torna um labirinto sufocante, onde o luto se mistura ao rancor e o medo cresce em silêncio. O trabalho dos atores é visceral, em especial o de Toni Collette, que entrega uma dor tão real que chega a incomodar. O ritmo lento e calculado aumenta a angústia, a câmera parece espiar como se fôssemos intrusos diante de um sofrimento inevitável. A trilha discreta, quase subterrânea, vibra como uma presença maligna à espreita, reforçando a sensação de que algo maior e incontrolável conduz aqueles personagens.


Mais do que um simples terror psicológico, o filme de Ari Aster se instala na mente com imagens que se recusam a ir embora. É um mergulho na sensação de desamparo, como se estivéssemos presos a um destino inevitável que nos observa de perto.


Hereditário é uma experiência intensa, perturbadora e única. Para quem busca um terror que permanece depois que as luzes se apagam, é impossível sair ileso. Ver é se arriscar a carregar o peso dessa família para dentro da própria mente.

Tela Cheia. Descubra boas histórias. 2025 por Paulo Leite

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